De um modo geral, as crianças brincam impulsionadas por duas necessidades: a de se distrair, e a de gastar o grande potencial de energia que existe dentro dela. Quando você vê uma criança calada – sem ser muda -, ou parada – sem ser paralítica -, fique certo de que essa criança é enferma, e precisa urgentemente de tratamento médico ou terapêutico.
As brincadeiras infantis variam de acordo com a idade e a condição social de cada criança. Atraídas pelas “corridas de fórmula um” divulgadas pela mídia, os garotos ricos ganham dos pais velocípedes e patins; enquanto os pobres se contentam com carrinhos de salelóides ou fabricados com madeira barata, os quais são puxados por um barbante. Sob inspiração da “fome”, as meninas pobres da minha época brincavam de “guisados” ou “rubacão”, atualmente conhecido como “baião de dois”, em que elas preparavam pratos de comida tendo como elementos principais rins de bode, o feijão misturado com arroz e temperado com toucinho de porco ou frituras de tripas de galinha, e outros produtos da culinária infantil da época.
Outras brincadeiras do meu tempo, e muito atraentes, eram o jogo de pião de ronda, o chicotinho queimado, a cabra-cega, soltar pipa ao ar livre, o jogo de gude, o futebol de peladas, o jogo de xadrez, o jogo de botões e os banhos no rio São Francisco. À medida que as crianças iam ficando mais viris, iam-se pondo outras brincadeiras, como o jogo de macaco, a corrida de sacos, o atletismo, o jogo de petecas, a luta livre americana, a capoeira etc.
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