O meu batismo aconteceu em julho de 1965, exatamente na noite de 25, quando faltavam um mês e dois dias para eu aniversariar. Nesse mesmo ano eu abri um ponto de estudo da Bíblia, em Petrolina, na residência de um gari de nome Irineu. Ali reuníamos muitas pessoas para falar do amor de Cristo e de Seu sacrifício na cruz em nosso favor, para remissão dos nossos pecados. Conheci essa família de garis por intermédio de um tio meu, José Alves, que morava em Petrolina, no bairro Quilômetro Dois, onde aconteciam as reuniões evangelísticas.
Petrolina era uma cidade muito católica; nessa época existia apenas a Primeira Igreja Batista que, por sinal, sempre era apedrejada por populares que “não gostavam de crente”. Durante os cultos, os batistas eram surpreendidos com pedras que eram atiradas por pessoas desocupadas. As pedradas quebravam as vidraças, pois as janelas da igreja eram de vidro. Mas, para nossa tranqüilidade, o ponto de pregação que dirigíamos no Quilômetro Dois nunca sofreu agressão dessa natureza, com exceção de algumas pessoas embriagadas que apareciam perturbando, mas com muito jeito seguido de carinho e tolerância, conseguíamos controlar a situação. Algum tempo depois, o senhor Irineu se mudou para um bairro próximo do centro conhecido como Vila Mocó, onde o número de ouvintes do evangelho cresceu. Desse grupo nasceu a primeira adventista do sétimo dia, em Petrolina.
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