Em 1972, indignado com a atitude da liderança da igreja, em Juazeiro, resolvi morar em Senhor do Bonfim, onde encontrei um pequeno grupo de irmãos adventistas sob a direção do irmão Cícero Romão. Eu me reunia com esses humildes irmãos, que me acolheram, dando-me um cargo de direção de jovens. Com muita satisfação e alegria eu ajudava no crescimento da obra de pregação do evangelho nesta cidade. Eu residia numa casa situada à Rua Bom Jardim. Minha casa, em Senhor do Bonfim, sempre foi freqüentada pelos pastores do distrito de Juazeiro, que hospedávamos com muita satisfação.
Depois de permanecer em Senhor do Bonfim pelo período de cerca de dois anos, fomos morar na Serra da Carnaíba onde, com apoio dos irmãos em Cristo, Floriano, Raimundo, Anselmo e Manoelzinho, fundamos a primeira igreja da localidade. Iniciei a obra de pregação do evangelho naquela localidade com a implantação de uma escola para alfabetização de crianças na residência da irmã que atende como Santinha, mãe do irmão-dentista, Abimael, atualmente membro da igreja central, em Senhor do Bonfim.
Como eu estava desempregado, eu passei a ganhar uns trocados ensinando as crianças da localidade, ao tempo em que eu, juntamente com o irmão Cícero, construíamos o prédio onde deveria funcionar a igreja local, até que um dia alguém me trouxe a nefasta notícia de que eu teria sido excluído da igreja. O motivo até hoje nunca foi revelado. Isto me deixou mais indignado ainda. Só não neguei a minha fé em Cristo, ou tornei-me um ateu, graças a Deus, em primeiro lugar, e em segundo lugar agradeço ao meu ex-colega de colportagem, Carlos Alves da Silva, atualmente pastor distrital, em Salvador, que foi também, departamental da Obra, que me animava, e até hoje continua me animando, para que eu não venha a cair ou desistir do caminho que nos conduz aos pés do Amado Mestre.
Apesar de ter sido excluído injustamente, presumivelmente porque pregava sobre reforma de saúde, mas nunca deixei de freqüentar a igreja, principalmente aos sábados. Preocupava-me muito com a salvação dos meus filhos. Isto foi o que me levou a continuar freqüentando a igreja até hoje aonde quer que eu vá. Mesmo sendo discriminado e desconsiderado membro de igreja, sempre fui matriculado na Escola Sabatina, como também, sempre devolvi o dízimo que pertence ao Senhor. Quer queiram ou não, eu sou um adventista do sétimo dia para todos os fins e efeitos, uma vez que eu procuro viver os princípios bíblicos e doutrinas da igreja, além de estar-me preparando para a breve volta de Jesus.
Entre 1992 e 94, depois de fazer boa amizade com os pastores Jair Góis e Marcos Schultz, que mais tarde foram departamentais da Associação Bahia e de Minas Gerais, respectivamente, conheci o pastor Mariano, que me convenceu para ser rebatizado. Expliquei para ele que eu teria sido excluído da igreja em 1974, sem motivo aparente, e sempre fui rejeitado pela liderança da igreja por causa da mensagem de saúde. Então, ele prometeu-me que se eu me rebatizasse daria seu apoio ao evangelho da saúde. Diante dessa sua promessa, aceitei ser rebatizado em 1994, e no mesmo ano fui eleito diretor da Ação Missionária da igreja central, em Juazeiro, e no ano seguinte assumi o cargo.
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