As nossas festas de aniversário eram muito animadas e bem concorridas. As mais festivas dessas festas eram a que chamávamos de “assustados”, que reuniam somente adolescentes. Eram animadas ao som de radiolas ou vitrolas com agulhas de diamantes deslizando sobre os discos de venil. Nesses “assustados” eram servidos aos convidados doces, bolos e o tradicional refrigerante “tubaina”, ou um delicioso coquetel feito de groselha e maçãs em cubinhos.
Para participar das festinhas sociais tínhamos que pedir permissão aos nossos pais e assumir o compromisso de retornar para casa antes das 22 horas, horário em que havia um apagão geral, em que os geradores que forneciam energia elétrica para as residências eram desligados. Afinal, tínhamos liberdade, mas também tínhamos deveres, além de sucessos e fracassos, e aprendíamos lidar com cada um deles. Acima de tudo, éramos felizes!
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