No meu tempo de criança havia dois tipos dessa brincadeira. No primeiro, a cabra-cega tinha os olhos vendados, no centro de um círculo de meninos e meninas, e ficava na obrigação de tocar qualquer parte do corpo de um dos integrantes da roda. O que fosse tocado, este seria a cabra-cega seguinte. No segundo tipo, a brincadeira era mais interessante e, consequentemente, mais usada, pela maioria da garotada. Consistia em vendar os olhos de um garoto empunhando um porrete comprido, e dar-lhe uma meia dúzia de voltas até este ficar desnorteado. A cabra-cega teria de quebrar uma melancia, colocada bem no meio da rua.
Depois de uma série de enganos, a cabra-cega terminava por localizar o alvo; e após apontar o pau em direção da melancia, esta era partida em pedaços com a paulada. No momento todos os participantes da brincadeira pulavam sobre a melancia partida, e quando o garoto conseguia se livrar da venda para participar do banquete, não era encontrado no local nem a casca da melancia. Todo mundo já tinha comido tudo.
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