terça-feira, 13 de maio de 2008

O MILAGRE DA VIDA

Quatro anos depois de haver sofrido o atentado a tiro de escopeta, ou seja, em 1989 fui obrigado a trancar minha matrícula na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Juazeiro, para submeter-me a um tratamento médico, visando prevenir a tísica da qual eu estava ameaçado. Em razão de ser atingido no rosto, por ocasião do atentado, em 1985, sofri um desequilíbrio glandular que contribuía para eu perder líquido do corpo em excesso pela salivação e pelo suor. Meu organismo passou por um processo de redução das células vitais e, como conseqüência, meu peso baixou rapidamente de 72 quilos para 54 kg. Enquanto eu falava, minhas parótidas, ou seja, as glândulas salivares sublinguais expeliam salivação desordenada a ponto de banhar, com saliva, as pessoas que estivessem à minha frente.

Segundo a ciência médica, a quantidade de saliva secretada diariamente por uma pessoa adulta é de 300g. a l.000g. Somente pela fala, eu perdia mais de dois litros de saliva, diariamente. Além do mais, eu suava muito enquanto dormia. As minhas células estavam se derretendo e, segundo os médicos, em Salvador, eu estava condenado a morrer de tísica. Em quatro anos depois do atentado eu havia perdido 18 quilos.

Diante da ameaça de tísica, fui a São Paulo, em busca de um tratamento, para escapar da magreza e evitar a morte prematura. Foi por essa razão que eu havia trancado minha matrícula na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Juazeiro, onde eu cursava Pedagogia. Conforme explicações da ciência médica, as células vitais do nosso corpo, em número de 50 trilhões, são formadas de água e oxigênio, cujo núcleo, o DNA, é formado por açúcares complexos - amido e glicogênio –, os quais são reduzidos em compostos simples para a formação dos genes.

Segundo a ciência médica, a digestão dos açúcares para a formação do DNA começa na boca, pela salivação. A saliva contém uma enzima conhecida como "ptialina", ou "amilase salivar". Como as glândulas salivares estavam desequilibradas, impossibilitadas de desempenhar o trabalho de digestão dos açúcares complexos, as células vitais que são formadas de 95% de água 3,5% oxigênio e 1,5% açúcar produzido pelo amido e pelo glicogênio, minhas células passavam por um processo de degeneração, porque vinham morrendo no lugar de se reproduzirem, razão da tísica que me cercava, como também, das rugas que começavam a aparecer na testa, nos braços e entre as sobrancelhas; meu rosto era chupado na região das bochechas por causa da magreza.

Em São Paulo foi-me indicado um médico peruano, que desenvolvia tanto a medicina química quanto a natural. Ao colocar uma lupa em meu olho, para fazer o exame iridológico, ele dirigiu-me uma pergunta: "Você da Bahia veio a São Paulo tratar de qual doença?" Quando eu expliquei sobre o problema da tísica e da arteriosclerose, o médico respondeu-me: "Você é portador de dois tumores malignos; e se não for feito um tratamento urgente, eles vão matá-lo antes da tísica e da arteriosclerose"! Essa notícia deixou-me sem ânimo de viver. Achei que estava com os dias contados, uma vez que, para a Medicina, o “câncer não tem cura”. Um tumor estava localizado no cólon ascendente e outro no calcanhar do pé esquerdo.

A noticia de que era portador de tumores malignos me deixou deprimido, mas o médico peruano tranqüilizou-me afirmando que é possível a cura do câncer desde quando não seja tratado como uma doença localizada. Ele recomendou-me, a não me submeter a qualquer cirurgia. “O tumor não é a doença - explicou o médico -; a doença está é no sangue; o tumor é simplesmente o sintoma da doença. Tratando a doença, começando pela purificação do seu sangue, você poderá se libertar desses dois tumores” - garantiu.

Diante da possibilidade de ser restaurado à saúde e a vida por meio do tratamento natural indicado pelo médico peruano, fui reanimado. Durante dois anos e meio, enquanto me submetia ao tratamento pelas terapias naturais, fiz em São Paulo vários cursos nessa área, me especializando em dietética e terapias naturais, para ajudar os meus conterrâneos. Dentre as técnicas que me especializei envolve Do-In, Acupuntura, Massoterapia, Fitoterapia, Argiloterapia, Hidroterapia, Nutrição Natural e outros. Depois que me libertei dos tumores, sem haver necessidade de submeter-me a qualquer cirurgia, me profissionalizei nessa área.

Foi durante uma madrugada de maio de 1971, quando, pela graça de Deus, evacuei o tumor que estava localizado no cólon ascendente. O tumor do calcanhar que já atingia o tamanho de um limão desapareceu. Cheguei a instalar duas clínicas de atendimento terapêutico, sendo que uma foi aberta em Juazeiro e outra em Petrolina, tendo muitos clientes ilustres, como o médico Giuseppi Muccini, dona Eliete, esposa do médico Pedro Borges, o delegado regional, Vicente Gomes da Silva, o delegado de Polícia, Castilho, o Sr. Sheffif, pai do deputado Jorge Khoury, o ex-prefeito de Petrolina, Guilherme Coelho, o empresário Paulo Coelho e o cantor Geraldo Azevedo.

Quando eu estava no apogeu, conciliando as terapias naturais com a edição da revista "FATOS DO VALE", o diabo usou seus agentes humanos: um radialista e um pastor da minha igreja, para me obrigar a sair da minha amada Juazeiro, o que contribuiu para eu interromper as atividades terapêuticas, como também, a edição da revista que, para minha felicidade, continuo vendo em circulação, divulgando a região do Grande Vale. Não resido mais em Juazeiro, mas o meu espírito continua nessa cidade que aprendi a amar de coração.

Considerando os atentados e ameaças de morte que sofri, em Juazeiro e Sobradinho, como também o risco de vida diante dos tumores e a tísica que me corroíam a alma, continuo vivo pela misericórdia de Deus. Foi um verdadeiro milagre da vida, superar tudo isso. E, como terapeuta holístico, agora livre dos problemas de saúde que me ameaçavam a vida, atualmente, venho, através do meu trabalho em prol da humanidade sofredora, contando com a ajuda de Deus, melhorando a qualidade de vida das pessoas que buscam nosso auxílio. Pela graça de Deus centenas de pessoas foram curadas de câncer ao se submeterem ao tratamento natural.

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