terça-feira, 13 de maio de 2008

Romãozinho em Juazeiro

Em 1962, ano em que minha mãe foi batizada, a cidade de Juazeiro foi sacudida com uma manifestação sobrenatural em determinada casa de tolerância nas proximidades onde hoje é o Mercado Municipal. Ali, geladeira, mesas e cadeiras se locomoviam de um lado para o outro sob olhares de centenas de populares que viam aquilo que os espíritas chamam de “levitação” com assombro. O povo dizia ser a presença de um demônio conhecido como “Romãozinho”. Essas manifestações expulsaram os moradores da referida casa, que foram para um lugar ignorado.

Crentes de todas as denominações se reuniam na casa da manifestação sobrenatural com cânticos e orações, mas o fenômeno continuava chamando a atenção dos curiosos que afluíam para o local. Um grupo de irmãos adventistas do qual faziam parte minha mãe, além da irmã Ana Piano e outras senhoras que viviam em permanente comunhão com o Deus Todo-Poderoso, depois de jejuarem e se reunirem em oração, foram até o local da manifestação, conseguindo deter e expulsar daquela casa o “Romãozinho”, que nunca mais voltou a perturbar em Juazeiro.

Algumas semanas depois, quando eu havia acabado de chegar ao depósito de João César, no bairro Santo Antônio, onde eu montava vigia todas as noites até às 22 horas, por volta de 18 horas, ouvi um barulho enorme entre as “batedeiras” de sisal, deixando os cães de guarda assustados. O barulho perdurou por algumas horas. Todas as “batedeiras” estavam desligadas, ou seja, fora da tomada de energia elétrica. Entretanto, funcionavam com um barulho estupendo. Então, corri até minha casa, assombrado com o que teria visto, e pedi socorro a minha mãe, que veio comigo até o local, e orou ao Deus Altíssimo, que interveio fazendo prevalecer o silêncio. Mais tarde, quando meu pai chegou juntamente com seu irmão, tio Antônio, eu narrei sobre a assombração, e ele não deu crédito às minhas palavras. Exatamente à meia-noite, quando eu dormia um sono tranqüilo e reparador, as máquinas voltaram a fazer barulho deixando meu pai e meu tio, além dos cães, assombrados. Só então ele acreditou no que eu havia lhe transmitido duas horas antes.

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