terça-feira, 13 de maio de 2008

Capturando Preás

Eu gostava, também de capturar preás, uma espécie de rato sem cauda, muito comercializado na minha época. Eu armava uma espécie de “mundé”, cuja armadilha era feita no chão. Cavávamos um buraco bem fundo e cobria este com uma tábua preparada para ceder com o peso do preá; quando este caía no buraco, a tábua voltava ao seu local, deixando o roedor preso. A armadilha era preparada em locais onde os preás gostavam de passar.

Sempre ao cair da tarde, por volta de 17h30min., eu ia ao local da armadilha para colocar sobre a tábua que a cobria, algumas folhas de capim que os preás apreciavam, com o objetivo de atraí-los e faze-los ser aprisionados. Na manhã seguinte, por volta de 5h30min., eu ia ver o “mundé”, e quando abria, encontrava até cinco preás dentro do buraco. Levava comigo uma gaiola de ferro que vinha cheia de preás, que eram vendidos vivos no Mercado Municipal. Tinha época que o povo consumia tanto preá, que antes de eu chegar ao Mercado todos eram vendidos no caminho.

Certo dia, quando coloquei a mão dentro do buraco para pegar os preás, como sempre acontecia rotineiramente, eu senti algo estranho. O pelo do preá é bem macio, e naquele momento eu estava apalpando algo duro, roliço e escorregadio; era uma enorme cobra conhecida como jaracuçu do papo amarelo. O susto foi tamanho que nunca mais quis capturar preás.

3 comentários:

Euclides disse...

Ola wilson, hoje em dia não é mais cultural comer prear. gostei da sua historia parabens. hoje as pessoas criam como animal de estimação.

Bruno santiago disse...

oi wilson até hoje na minha região e comum comer prear. parabens

NEYDMAR LOUREIRO disse...

wilsom eu tenho umA CRIACAO DE PREÁS, GOSTARIA DE SABER SE ELES CRUZAM COM RATOS?