terça-feira, 13 de maio de 2008

Colportor Evangelista

No período compreendido entre 16 e 19 anos de idade, eu trabalhei como ajudante de pedreiro, com o pedreiro Manoel de Badú. Minhas mãos e pés eram crespos, e as pontas dos dedos eram comidas pela cal e pelo cimento, porque às vezes eu trabalhava misturando a massa para rebocos de paredes ou para assentamento de tijolos ou ladrilhos, sem luvas e sem botas apropriadas. Eu só sentia alívio quando untava as feridas das mãos e pés com óleo morno e sal de cozinha.

Em 1968, quando eu tinha 19 anos de idade, por intermédio de Carlos Alves da Silva, atualmente pastor da igreja adventista do sétimo dia, em Salvador, ingressei na colportagem. Trabalhamos juntos, na colportagem, durante muito tempo. Antes de ele conhecer a mensagem adventista, era também um pugilista, e muito habilidoso em pontapés. Algumas vezes nos digladiamos, mas nunca conseguimos superar um ao outro em luta corpo-a-corpo. Mesmo como colportores, nos testávamos, para ver quem levava a melhor. As lutas sempre aconteciam à margem de um rio, nas cidades onde trabalhávamos. Na cidade onde não tinha rio ou praia, a luta era realizada nos quartos de hotéis onde hospedávamos. Algumas vezes quebramos camas durante a disputa. Costumávamos nos enfrentar durante duas horas ininterruptas, sem ter um vencedor. Às vezes nos machucávamos, mas ninguém ficava ressentido. Sempre fomos amigos até hoje, graças a Deus, e acima de tudo, irmãos em Cristo. (maiores informações, no capítulo: Vida Profissional).

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