terça-feira, 13 de maio de 2008

Pau-de-merda

Quase todas as noites reuniam-se grupos de cinco a sete companheiros e saíamos pelas avenidas, fazendo “traquinagens”, e provocando brigas de rua. Melávamos uma vara com “merda fresca” (fezes humanas ou de porco), e na rua simulávamos uma briga, para atrair muita gente. Um dos simuladores da briga segurava a vara grudenta de “merda”, e o outro reclamava: “Você está me provocando porque está com essa vara na mão! Entregue a vara a alguém e venha trocar socos comigo”!!

Quando alguém interessado em vir “o circo pegar fogo”, ou assistir os meninos brigando, se oferecia para segurar a vara, pegando-a na parte mais suja de fezes, sem perceber. Então, o companheiro puxava a vara fazendo com que esta escorregasse pela palma da mão, que ficava toda suja e fétida. O elemento, quando descobria que teria sido vítima de uma armação maldosa, se irritava e partia para cima do companheiro. Quando era um adolescente, enfrentávamos no tapa. Quando era uma pessoa adulta, respeitávamos e corríamos para evitar a briga. Assim, toda noite a gente escolhia um bairro diferente para praticar esse tipo de maldade.

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